Solitude é o estado de privacidade de um pessoa, não significando, propriamente, estado de solidão.
Pode representar o isolamento e a reclusão, voluntários ou impostos, porém não directamente associados a sofrimento. É um estado em que gosto de estar.


ESTE BLOGUE NÃO É ESCRITO AO ABRIGO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O amar e o amor

Um texto lindíssimo e profundo que uma amiga partilhou :)

O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma palavra: - Ame-a! E logo se calou. - Mas, já não sinto nada por ela! - Ame-a! disse novamente o sábio. E diante do desconcerto do esposo, depois de um breve silêncio, disse-lhe o seguinte: "Amar ...é uma decisão, não apenas um sentimento; amar é dedicação e entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa acção é o amor. O amor é um substantivo, um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excessos de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame o seu parceiro, ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê afecto e ternura, admire-o e compreenda-o. Isso é tudo. Ame, simplesmente ame!" A inteligência sem amor, torna-te perverso. A justiça sem amor torna-te implacável. A diplomacia sem amor torna-te hipócrita. O êxito sem amor torna-te arrogante. A riqueza sem amor torna-te avarento. A docilidade sem amor, torna-te servil. A pobreza sem amor torna-te orgulhoso. A beleza sem amor torna-te fútil. A autoridade sem amor torna-te tirano. O trabalho sem amor torna-te escravo. A simplicidade sem amor torna-te diminuído. A oração sem amor torna-te introvertido e sem propósito. A lei sem amor escraviza-te. A política sem amor torna-te egoísta. A fé sem amor torna-te fanático. A cruz sem amor converte-se em tortura. A vida sem amor não tem sentido. - Autor desconhecido

domingo, 15 de maio de 2011

Histórias sábias do Oriente - O dedo (=palavra) que aponta para a lua (=realidade) não é a lua

Um monge aproximou-se do seu mestre - que se encontrava em meditação no pátio do Templo à luz da lua - com uma grande dúvida:

Mestre, aprendi que confiar nas palavras é ilusório; e diante das palavras, o verdadeiro sentido surge através do silêncio. Mas vejo que os Sutras e as recitações são feitas de palavras; que o ensinamento é transmitido pela voz. Se o Dharma está além dos termos, porque os termos são usados para defini-lo?

O velho sábio respondeu:

As palavras são como um dedo apontando para a Lua; cuida de saber olhar para a Lua, não te preocupes com o dedo que a aponta.

O monge replicou:

Mas eu não poderei olhar a Lua, sem precisar que algum dedo alheio a indique?

Poderás - confirmou o mestre - e assim tu o farás, pois ninguém mais pode olhar a lua por ti. As palavras são como bolhas de sabão: frágeis e inconsistentes, desaparecem quando em contacto prolongado com o ar. A Lua está e sempre esteve à vista. O Dharma é eterno e completamente revelado. As palavras não podem revelar o que já está revelado desde o Primeiro Princípio.

Então, o monge perguntou:

Por que os homens precisam que lhes seja revelado o que já é do seu conhecimento?

Porque - completou o sábio - da mesma forma que ver a Lua todas as noites faz com que os homens se esqueçam dela, pelo simples costume de aceitar a sua existência como facto consumado, assim também os homens não confiam na Verdade já revelada, pelo simples facto dela se manifestar em todas as coisas, sem distinção. Desta forma, as palavras são um subterfúgio, um adorno para embelezar e atrair a nossa atenção. E como qualquer adorno, pode ser valorizado mais do que é necessário. O mestre ficou em silêncio durante muito tempo. Então, de súbito, simplesmente apontou para a lua.


“Quando o sábio aponta para a Lua, o tolo só vê o dedo” -Provérbio oriental

domingo, 8 de maio de 2011

Percepcionar sem rotular

A maior parte das pessoas só se apercebem perifericamente do mundo que as rodeia, em especial se o seu meio envolvente lhes for familiar. A voz que existe dentro das suas cabeças absorve a maior parte da sua atenção. Algumas pessoas sentem-se mais vivas quando viajam e visitam sítios desconhecidos ou países estrangeiros porque, nestas alturas, a percepção dos sentidos - a experiência - ocupa mais a sua consciência do que o pensamento. Tornam-se mais presentes. Outras até então permanecem totalmente dominadas pela voz que reside dentro das suas cabeças. As suas percepções e experiências são distorcidas por juízos de valor instantâneos. Não chegam verdadeiramente a ir a lado nenhum. É apenas o seu corpo que está a viajar, enquanto elas permanecem onde sempre estiveram: dentro das suas mentes.
(...)
Não podemos despertar espiritualmente enquanto não deixarmos de rotular tudo de modo compulsivo e inconsciente ou, pelo menos, enquanto não tivermos consciência disso e formos capazes de observar esse comportamento quando ele acontece. É através desta constante atribuição de rótulos que o ego continua a ocupar o seu lugar como a mente inconsciente. Sempre que este comportamento deixa de existir ou quando simplesmente nos tornamos conscientes dele, temos espaço interior e já não somos dominados pela mente.

Excerto de um livro que li recentemente e que recomendo: "Um novo mundo" de Eckhart Tolle
http://www.eckharttolle.com/

Sejam todos bem-vindos a este espaço

Este blogue irá abordar assuntos diversos desde espiritualidade, literatura, cinema, música ou até política. Espero que gostem e deixem as vossas opiniões sobre os temas, sempre que tal vos apetecer. Não se acanhem :) Participem! :)
Um beijo a todos