A maior parte das pessoas só se apercebem perifericamente do mundo que as rodeia, em especial se o seu meio envolvente lhes for familiar. A voz que existe dentro das suas cabeças absorve a maior parte da sua atenção. Algumas pessoas sentem-se mais vivas quando viajam e visitam sítios desconhecidos ou países estrangeiros porque, nestas alturas, a percepção dos sentidos - a experiência - ocupa mais a sua consciência do que o pensamento. Tornam-se mais presentes. Outras até então permanecem totalmente dominadas pela voz que reside dentro das suas cabeças. As suas percepções e experiências são distorcidas por juízos de valor instantâneos. Não chegam verdadeiramente a ir a lado nenhum. É apenas o seu corpo que está a viajar, enquanto elas permanecem onde sempre estiveram: dentro das suas mentes.
(...)
Não podemos despertar espiritualmente enquanto não deixarmos de rotular tudo de modo compulsivo e inconsciente ou, pelo menos, enquanto não tivermos consciência disso e formos capazes de observar esse comportamento quando ele acontece. É através desta constante atribuição de rótulos que o ego continua a ocupar o seu lugar como a mente inconsciente. Sempre que este comportamento deixa de existir ou quando simplesmente nos tornamos conscientes dele, temos espaço interior e já não somos dominados pela mente.
Excerto de um livro que li recentemente e que recomendo: "Um novo mundo" de Eckhart Tolle
http://www.eckharttolle.com/
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